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Review Star Wars Jedi: Fallen Order (Sem Spolier)

Uma análise sem spoiler, pela Equipe Fliperama de Verdade:

Não tem como começar um breve review de Star Wars Jedi: Fallen Order (liberado para os assinantes da Playstation Plus em Janeiro de 2023) sem dizer o óbvio: O jogo é lindo!


Trailer do jogo:

Impressões Básicas:

Tá certo que tem alguns bugs de movimento e interação, como quando o deslocamento de Cal Kestis (protagonista) parece não funcionar direito. Às vezes acontecendo de falhar durante a interação com alguns objetos (baús ou locais para subir ou agarrar), o que necessariamente acaba comprometendo o andamento, ou melhor, o avanço da história, já que isso pode deixar o jogador empacado em algum local. No geral (sem entrar em detalhes), Star Wars Jedi: Fallen Order (SWJ:FO) é um título bem fiel àquilo que foi instaurado como “padrão” do cenário. Ou seja, está carregado do bom e velho, tão característico retro sci-fi, típico de Star Wars. Para onde o jogador direcionar Cal, poderá avistar painéis luminosos, controles de manche, alavancas, botões, dróides mecânicos (alguns super carismáticos como BD-1, o ora co-protagonista, ora ferramenta de Cal, que foi claramente desenhado para vender brinquedos), uma infinidade de interfaces baseadas em chaves e botões de girar e é claro, diversas criaturas aleatórias e diferentes (infelizmente usadas apenas para enfeitar o cenário), além é claro, de um sem fim (literalmente, já que o jogo é um rogue like) de Stormtroopers ruins de mira. O ponto alto da aparição dos Stormtroopers fica para a biblioteca de falas e frases de efeito pra lá de clichês (porém, normalmente apropriadas e engraçadas).

Referências e outros jogos sobre Jedi:

SWJ:FO é um jogo bem direto ao ponto. Um jogo semi-linear que respeita muito o gênero road trip tão abraçado pela franquia, presente em diversos jogos anteriores (com a mesma temática e de roteiro similar) como:

  • Star Wars Jedi Knight: Dark Forces II;

  • Star Wars Jedi Knight II: Jedi Outcast;

  • Star Wars Jedi Knight: Jedi Academy;

  • Star Wars: The Force Unleashed;

  • Star Wars: The Force Unleashed II;

Avaliação crítica:

Justamente por isso que, avaliando o gênero do jogo, não poderíamos deixar de prestar atenção aos momentos de space adventure, afinal é Star Wars. Mas para quem estava esperando o momento de pilotar sua nave pela galáxia, infelizmente o título não traz nada nesse sentido. Então, pode ir esfriando essa vontade de ser um star fighter batalhando entre naves ou caças estelares, já que essa claramente não é a proposta inicial (e nem secundária) do jogo. Imagino que alguns fãs tenham solicitado isso à desenvolvedora para a continuação, mas acredito que não veremos isso tão cedo, até porque o próximo jogo (se não sofrer mais nenhum adiamento) sai ainda no primeiro semestre de 2023 sob o título de Star Wars: Jedi Survivor e não foi divulgado nada sobre essa característica tão aguardada.


Como já deixamos claro nos parágrafos anteriores, apesar de lindo, nem tudo sobre SWJ:FO é maravilhoso. Aliás, longe disso! Ao mesmo tempo que o jogo apresenta uma descarga cavalar de nostalgia, proporcionando alegrias àqueles que gostam de tudo que é Star Wars, também causa coceiras e uma pitada de agonia a quem é fã hardcore da franquia original, assim como das animações Clone Wars e Rebels (ou mesmo dos jogos de “antigamente”). Ainda mais quando vê que alguns detalhes não estão presentes ou foram simplesmente mudados para um melhor andamento da história (do game) – Claro que não vamos entrar nesse nível de detalhamento.


Mas no geral, QUASE TUDO segue o padrão de Star Wars.


Sobre o roteiro do game, (in)felizmente, para ser Star Wars, não tem como fugir da velha receita apresentada por Joseph Campbell e seu livro, O Herói de Mil Faces (que retrata exatamente a saga de Luke Skywalker). Mas para não ficar tão claro que usaram mais uma vez o bom e velho chamado à aventura, o jogo se vale de alguns altos e baixos que parecem uma montanha-russa.


Tudo começa com o jogador assumindo a pele de um protagonista "X", totalmente desconhecido que eventualmente se revela um usuário da Força e ao longo do game, descobrimos que é um sobrevivente da Ordem 66 que ainda está escondido do Império. Durante o jogo, Cal aprende (ou reaprende) a usar alguns dos vastos poderes da Força, que inclusive podem (e devem) receber upgrades, fazendo com que alguns dos inimigos possam ser vencidos cada vez mais facilmente.


Então, quando o jogador acredita que se transformou numa força imparável da natureza, o roteiro puxa o tapete levando o pobre jogador a enfrentar alguns inimigos totalmente fora da curva, com poderes e resistências muito superiores às do Protagonista, deixando o jogo difícil (ou muito difícil) de uma hora para a outra.

Nos momentos de “paz”, o protagonista faz mais alguns aliados, segue os ensinamentos de um Mestre Caído, descobre algum segredo importante para o andamento da trama principal, enfrenta uma luta impossível e no fim, revela ao jogador que o final da história simplesmente se resume a aventura que não valeu à pena (para o personagem, já que retornou à estaca zero, para não ferrar com a time lime original da franquia cinematográfica).


Em matéria de jogabilidade, é um título que traz a nova visualização padrão dos games de 3ª pessoa, ou seja, uma câmera over the shoulder que raramente dá problema de localização dentro do cenário. Sobre o combate, é um jogo de Jedi, então espere um foco no uso do sabre de luz e pouca coisa nos outros poderes de Força.


Mas apesar de muito bom e divertido, é um título que infelizmente tem um baixo apelo para ser rejogado, já que, em níveis mais difíceis não proporciona absolutamente nada recompensador ao jogador, a não ser um punhado de lutas mais demoradas e chefes quase impossíveis de vencer.


Vale ressaltar que o intercurso permite ao jogador escolher em qual planeta aventurar, mesmo que isso não interfira em nada em relação ao andamento do jogo ou seu final. Então, não importa quantas vocês você retorne aos planetas explorados, quais diálogos tem ou deixa de ter, já que você o fará mecanicamente a fim de reexplorar os cenários em busca de colecionáveis meramente cosméticos, que se tornam acessíveis apenas após o desbloqueio de certos poderes da Força.

Nota do jogo:

Por isso, nós do Fliperama de Verdade (muito fãs de Star Wars) acreditamos que esse belíssimo e infelizmente curtíssimo jogo careça de algumas (muitas) missões a mais in game. Mas sabendo que elas simplesmente não existem ou existirão para prolongar sua vida útil (ainda mais às vésperas do lançamento da sequência), É certamente com muita dor no coração que dizemos a vocês que SWJ:FO...

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Para os interessados de plantão, no nosso 4º episódio do Insert Coin Cast, falamos sobre a evolução dos jogos de aventura, desde o clássico Atari, até as plataformas atuais. Participação do Kaká do Casal Multiplayer:


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