Não é novidade para a equipe do Fliperama de Verdade que alguns membros da equipe são fãs de jogos difíceis, e depois de vários Reviews, Black Myth: Wukong não poderia ficar de fora da jogatina. Inclusive podemos jogá-lo no dia do lançamento, no dia 20 de agosto de 2024. Então preparem a sua pipoca, fiquem confortáveis que vamos debulhar um pouco sobre a história do Rei Macaco produzido pela Game Science.
Trailer do Jogo:
Então, está gostando de nosso review Black Myth: Wukong? Mas na real, você queria mesmo é assistir o jogo rodando para saber se ele vale o seu rico dinheirinho, Então vai no Youtube, acessa o RPG Taverna, que é o nosso outro canal que serve só RPG de qualidade e dá uma conferida em nossa gameplay com o Mestre Henrique.
Pra facilitar, a gente já colocou um link pra você:
Se você chegou até aqui, então entendemos que você quer mais informação, certo? Então vamos para nossa análise, porque não falta assunto:
No papel do Predestinado, você partirá numa aventura repleta de desafios e maravilhas para descobrir a verdade obscura por trás de uma lenda gloriosa do passado. Como o Predestinado, você enfrentará inimigos poderosos e rivais dignos no decorrer da jornada. Trave batalhas épicas nas quais render-se não é uma opção.
Black Myth: Wukong é um RPG de ação inspirado na mitologia da China e baseado em "Jornada para o Oeste", um dos quatro grandes romances clássicos da literatura chinesa. Além de dominar diversas técnicas com o bastão, você terá liberdade para combinar diferentes feitiços, habilidades, armas e equipamentos para encontrar a estratégia vencedora mais adequada ao seu estilo de combate.
Black Myth: Wukong e o Macaco Peregrino
Antes de começarmos a falar sobre o jogo, vamos contar um pouco sobre a história/romance em que ele foi baseado (compre o livro na Amazon) .
"O Macaco Peregrino" ou "A Jornada ao Oeste" (em chinês: 西遊記, Xi You Ji) é um dos quatro grandes clássicos da literatura chinesa, escrito por Wu Cheng'en (outros romances do escritor) durante a dinastia Ming, no século XVI. A obra é uma mistura de mitologia, folclore, religião e fantasia, e narra a jornada épica de Xuanzang (um monge budista), também conhecido como Tang Sanzang, em sua peregrinação para a Índia em busca de sutras sagradas do budismo.
O personagem central da história é Sun Wukong, um macaco nascido de uma pedra, que adquire habilidades mágicas e se autoproclama "Rei dos Macacos". Após causar problemas no Céu e desafiar os deuses, ele é aprisionado pelo Buda sob uma montanha. Anos depois, o Buda seleciona o monge Tang Sanzang para buscar escrituras sagradas na Índia. Sun Wukong é libertado da montanha para se tornar um dos discípulos de Tang Sanzang e proteger o monge durante a jornada.
Além de Sun Wukong, Tang Sanzang é acompanhado por outros discípulos: Zhu Bajie (um porco antropomórfico com apetite por comida e mulheres), Sha Wujing (um demônio aquático redimido), e o Dragão Branco, que se transforma no cavalo de Tang Sanzang. Ao longo da jornada, o grupo enfrenta diversos desafios, incluindo demônios, espíritos malignos e testes de caráter. Sun Wukong, usa astúcia e habilidades mágicas, para superar esses obstáculos.
A história também é uma alegoria espiritual, representando a busca pelo aperfeiçoamento espiritual e a superação de tentações. "O Macaco Peregrino" é uma narrativa rica em ação, humor e lições morais, e seu personagem principal, Sun Wukong, se tornou um ícone cultural na Ásia, sendo adaptado em inúmeras formas de mídia, incluindo filmes, séries de TV, e quadrinhos. Lembrando que o Mangá/Anime Dragon Ball foi inspirado pelas histórias de Wukong (Comece sua coleção de Dragon Ball na Amazon).
A história do jogo funciona como uma extensão ou continuação do clássico romance Jornada ao Oeste, mas, como essa narrativa é pouco conhecida no Ocidente, até mesmo aqueles com alguma familiaridade podem se sentir um pouco perdidos. Isso ocorre porque a desenvolvedora faz uso abundante de referências e citações a personagens do romance, sem se preocupar muito em contextualizá-los.
O jogo é um Soulslike?
Já de pronto, podemos te falar jovem gafanhoto que Black Myth: Wukong não é um soulslike e sim um RPG de Ação, mas os desenvolvedores beberam muito da fonte dos produtos dessas gigantes dos games:
From Software: Dark Souls e Elden Ring;
Bluepoint: Demon Souls;
Team Ninja: Nioh;
Santa Mônica: God of War.
O que mais afasta Wukong do temido gênero das almas, é a falta de punitividade in game, uma característica que marca esse estilo de jogo. Mas isso não quer dizer que Black Myth: Wukong é um jogo fácil. Na verdade, é bem longe disso. O game é daqueles que fica difícil de repente e não estranhe se você se pegar passando um perrengue na hora de eliminar um ou outro chefão, mas não há um sistema como a perda de almas/runas em caso de mortes consecutivas, e a distância entre um checkpoint e outro é bem razoável.
O jogo ganhou muita atenção desde o seu anúncio devido à sua impressionante qualidade gráfica, jogabilidade e a mitologia rica que inspira sua narrativa. Além da inspiração ser baseada na literatura chinesa “A Jornada ao Oeste”, várias referências e personagens marcantes estão presentes no jogo.
O jogo é um RPG de ação com combates dinâmicos e detalhados, possui várias árvores de habilidades, que de acordo com a sua estratégia, você pode dar prioridade na evolução. Uma grande variedade de habilidades, incluindo transformações em diferentes formas, como um inseto para passar por pequenos espaços, ou clones para atacar os inimigos. O combate é marcado por ataques rápidos, esquivas precisas e uso de habilidades mágicas.
Black Myth: Wukong utiliza o motor gráfico Unreal Engine 5, o que resulta em visuais de altíssima qualidade, com detalhes impressionantes em cenários, iluminação e animações. Reforçando o quão é linda a animação entre os capítulos. O design do jogo é fortemente influenciado pela mitologia chinesa, com criaturas mitológicas, paisagens deslumbrantes e uma atmosfera que mistura fantasia e espiritualidade, algo inovador para o Ocidente.
“Cada rosa tem seus espinhos”, diz um provérbio chinês. E no caso de Black Myth: Wukong, esses espinhos são algo que esperamos que o estúdio Game Science possa podar com o tempo, como a otimização para o PS5 e computadores medianos. A Equipe FdV jogou a versão do PS5 e em alguns momentos, tivemos queda de frames, o que dificultou um pouco a esquiva em momentos específicos, como contra alguns ddos chefes que geram muitass partículasna tela, mas de maneira geral, Black Myth: Wunkong certamente vai agradar até aquele seu amigo sommelier de CGI sem comprometer a experiência com o jogo.
Quanto à tal dificuldade do jogo, bem... Ela é única, mas em alguns momentos, vai ser necessário paciência e conhecimento de suas habilidades para derrotar alguns chefes, além de se valer da boa e velha política de farm de experiência para subir o nível de suas habilidades a fim de passar de fase ou enfrentar um certo chefe. de modo geral, o desafio do jogo é intenso, mas sempre justo, oferecendo maneiras diferentes de superar cada obstáculo (inclusive chefes de fase, que também possuem fraquezas que podem ser exploradas, então descubra-as!).
Black Myth: Wukong se assemelha muito mais a títulos como God of War, Bayonetta, Vanquish e Nier: Automata, onde o foco é em estilos de combate ágeis e esquivas precisas.
De Rei Macaco ao Predestinado, e de Predestinado ao Rei Macaco
Logo no começo o jogo já te dá uma palhinha do que vamos ter no decorrer da história, pois a cena inicial, lembra muito de quando o Kratos (God of War III) enfrenta Poseidon, mostrando a magnitude da situação que vamos enfrentar.
Ainda no começo do jogo, temos uma batalha que além de ser o Tutorial, explicando os movimentos básicos e o uso de magia, você no comando do Rei Macaco, começa a entender como serão as dinâmicas de combate. Inclusive que cena linda o combate contra o Erlang, a Divindade Sagrada. Temos ataques leves e pesados, que combinados formam poderosos combos, além de um pequeno, mas útil, acervo de magias.
A batalha do tutorial é fácil e não temos as dificuldades que vão surgindo no decorrer do jogo. Anos passam, e então surge o Predestinado, protagonista do jogo.
Sucesso de Vendas:
Black Myth: Wukong vem colecionando records e sucessos desde o seu lançamento:
Veredito do Fliperama de Verdade
Mesmo a equipe tendo alguns integrantes veteranos no gênero Soulslike e RPG de Ação, tiveram alguns momentos que ficamos presos em alguns chefes, sem sentir que o jogo estava desequilibrado. A maioria das vezes, a dificuldade surge pela vasta gama de golpes e estilos de luta possíveis, além da variedade e estratégias contra os adversários.
É seguro afirmar que o jogo oferece uma combinação satisfatória de padrões de ataque, onde é possível estudar os inimigos e ajustar seu equipamento para tirar o máximo proveito dos poderes escolhidos.
O combate é extremamente simples e elegante, repleto de ferramentas que proporcionam formas diferentes e divertidas de enfrentar os oponentes. O sucesso nas batalhas depende sempre de reflexos rápidos para desviar no momento certo (tradicional esquiva) e de um bom gerenciamento de recursos para desferir golpes poderosos, que muitas vezes exigem que se mantenha o botão pressionado por alguns segundos para carregá-los.
O gerenciamento de recursos no combate é uma constante em Black Myth: Wukong. Com tantas oportunidades diversificadas de atacar e golpear, é natural que o resultado seja variado.
Em outras palavras, você precisa escolher com cuidado quais Feitiços, Transformações e itens levar para cada confronto ou área. Por exemplo, muitos chefes têm várias fases na luta, e, às vezes, é mais seguro guardar algumas estratégias para o momento certo.
Outro ponto relevante é que cada área abriga uma quantidade respeitável de inimigos variados, cada um com pontos fracos únicos que exigem a alternância de táticas. Acertar nessas escolhas é o que torna o jogo tão encantador, mesmo que Wukong brilhe especialmente nos encontros com os inúmeros chefes e oponentes únicos que surgem a cada 15 minutos.
O design de som e a trilha sonora são igualmente excepcionais. Com temas épicos, repletos de instrumentos profundamente enraizados na cultura chinesa, como flautas melódicas e tambores graves e retumbantes, o jogo constrói uma atmosfera única, divertida e envolvente - Se você curte música de videogame, já dá uma conferida nessa playlist irada de Black Myth: Wukong, que tá bombando lá no Spotify.
O ambiente nos deixa encantando pelo mundo desconhecido, onde paramos para meditar junto com o Predestinado nos pontos de meditação a cada nova paisagem.
Um ponto bastante importante é que este jogo teria se beneficiado de um mapa, mesmo que o mais simples, como se representasse as pinturas do folclore Chinês. Reforçando que as terras que exploramos em Wukong são lindas, sem dúvida, mas são muito grandes e abarrotadas de segredos para não lhe dar algum tipo de ajuda de navegação. Isso, junto com o fato de que é irritantemente difícil dizer quais obstáculos podem realmente ser escalados e quais são uma parede invisível, tornando a exploração bastante incômoda.
Para quem quer se aprofundar na trama do jogo, será necessário fazer algumas pesquisas online para entender a grandiosidade de muitos dos encontros. No entanto, ressaltamos que isso de forma alguma diminui a experiência — é apenas um ponto de atenção para jogadores que possam sentir a falta de contexto. A história pode deixar alguns confusos, mas é a sua profundidade que nos prende e nos faz querer descobrir mais. Por outro lado, é seguro dizer que buscar mais informações por estar imerso na história e no jogo é um sinal de que a obra foi realmente bem construída. E é exatamente isso: o jogo empolga tanto que nos leva a querer mergulhar mais fundo em sua narrativa.
Em todos os momentos de jogo Black Myth: Wukong se parece com um soulslike. Joga de modo semelhante a um título do subgênero dos RPGs de ação. Porém, como a própria Game Science define, ele não é um soulslike, apesar da alta dificuldade de algumas batalhas que me deixaram travado por horas em determinados chefes — que me evocaram a mesma frustração e raiva de estar lutando contra uma Malenia da vida. Há outras inúmeras semelhanças com títulos da FromSoftware e até mesmo com Nioh, da Team Ninja.
Como um jogo de nível AAA estreando para a Game Science, podemos afirmar que Wukong é, na esmagadora maioria do tempo, uma verdadeira obra-prima. O visual e o combate são extremamente fantásticos, equilibrados e belos.
O gerenciamento da árvore de habilidades, Feitiços, Transformações e dos itens disponíveis oferece um vasto arsenal de possibilidades, proporcionando uma tonelada de lutas únicas e emocionantes contra chefes e diversos inimigos, sendo um verdadeiro deleite para os olhos e ouvidos.
A história também é cativante e, diferente de muitos roteiros recentes, evita cair em clichês ou agendas ideológicas. Em resumo, Black Myth: Wukong entrega tudo o que promete e mais um pouco, sendo certamente um forte candidato a Jogo do Ano em 2024.
O game é um admirável convite para os jogadores conhecerem mais sobre a riquíssima mitologia chinesa e por isso…
A Equipe do Fliperama de Verdade vem produzindo vários torneios/campeonatos para promover o cenário competitivo do Distrito Federal e Região. Querem conhecer um pouco, acessem os confrontos no nosso canal do YouTube:
Para os interessados de plantão e aproveitando o clima do melhor Jogo do Ano de 2022, no nosso 30º Episódio do Insert Coin Cast, falamos sobre algumas categorias do The Game Awards de 2022 e seus vencedores. E para essa seletiva juntamos a Equipe Fliperama de Verdade e a Larissa do Criptacast do Zona Sombria:
Caso queira nos ajudar e não sabe como, é só comprar Black Myth: Wukong (e qualquer ou coisa que você precise) no nosso link de Revendedor da Amazon.
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